quarta-feira, 11 de abril de 2012

Hot Adiction



Capitulo 10

Capítulo 10 

- Por que meu carro teve que quebrar justo hoje? - terminei de me olhar no espelho e me virei para sophia, que me esperava impaciente. Eu vestia um vestido verde escuro, frente única, bem colado no busto e mais soltinho embaixo. Coloquei um sapato preto meia pata, e deixei as pontas do meu cabelo enroladas. Era o dia da festinha da sophia, e o único dia que meu carro não tinha que ter quebrado. 
- luuh, você não vai andar a pé. Acorda! - ela estalou os dedos. - Estou aqui para te levar. 
- E como eu vou voltar para casa? O chay vai viajar de manhã e provavelmente vai embora cedo, e nem ouse me convidar para dormir na sua casa - levantei o dedo, antes que ela começasse com convites. 
- Por que não? - ela cruzou os braços, me olhando estranha. 
- sooph, minha amiga... - fui até ela e segurei em seus ombros. - Hoje é seu aniversário, você e o mica devem estar doidos para procriar e eu não estou afim de ficar no mesmo ambiente que os dois. 
- Não briga comigo, hoje é meu aniversário - sophia emburrou e sentou no sofá. Quanto drama... 
- Não estou brigando, só estou avisando. E vamos logo, antes que seu namorado resolva começar a festinha lá sem você - estendi o braço para que ela segurasse e levantasse. 

Chegamos na casa de sooph, e ela estava completamente lotada. Olhei para minha amiga, que estava com uma interrogação na cara. 
- Você conhece esse pessoal? - perguntei a ela, vendo várias pessoas no jardim bebendo ou se comendo. 
- Não - franziu o cenho ao ver um casal se agarrando, quase sem roupas. Entrou na casa procurando pelos meninos, os achando na salinha de TV. - mica, você que chamou esse bando de malucos para minha festa? 
- Primeiramente, parabéns meu amor - mica a levantou do chão pela cintura e a beijou, se esquecendo de nós, até que perola pigarreou e ele a soltou. - E não, eu não chamei. Mas você sabe como é: uma pessoa fica sabendo, chama mais três amigos, cada um chama mais três e por aí vai. 
- Alguém quer beber alguma coisa? - perguntei vendo que ninguém ali iria falar algo. 
- Eu quero vodka - perola disse e Rachel pediu uma também. Só então percebi que ela estava ali. perola faria com uma garota por mais de um mês é novidade, finalmente está tomando um rumo na vida. 
- arthur, chay, mica, sooph? Vão querer algo? 
- Eu e a sooph vamos para a sala ver se encontramos gente conhecida e pegamos as bebidas nós mesmos. Obrigada - mica disse puxando sooph para fora. 
- Eu vou com você, luuh - chay e arthur disseram juntos e eu ri. 
- Então vamos meus homens, porque não quero ficar de vela aqui - sorri ao ver perola abraçado com Rach e falando algo em seu ouvido. Abraçei os dois, indo à cozinha. 

Depois de levar a vodka para o perola , eu e os meninos resolvemos sentar um pouco na varanda, que era o lugar onde tinham poucas pessoas. Depois da sexta, ou seria sétima latinha de cerveja, arthur já estava alto e começou a fazer piadinhas, o que nos fez ter ataques de riso. 
- Acabou a graça já, arthur. Senta aqui vai - chay o puxou pela mão, fazendo-o cair e dar risada de sua própria cara. - Bêbado! - ele disse rolando os olhos. 
- Cadê a ray para segurar o namorado dela? - no momento que disse isso, arthur parou de rir e ficou sério. Falei algo de errado? - arthur? 
- Não diga nada sobre ela. Não hoje - fitei chay, que também não estava entendendo nada; e olhei de volta para arthur, que tinha um olhar triste. 
- O que houve que você está triste? - passei as mãos no cabelo dele, que abaixou a cabeça. 
- Ela viajou. De novo. Ela mal voltou de viagem e já foi de novo, disse que é a trabalho. Ela acha que eu sou idiota? Viagem a trabalho?! - terminando de dizer isso, ele pegou outra latinha e bebeu em dois goles. Depois a atirou para longe. Nunca o vi tão bravo como está hoje. 
- Você não acha que ela está te traindo, né? - chay estava sendo cauteloso, com medo que arthur começasse a sair gritando e quebrando as coisas ao redor. 
- Não acho. Tenho certeza. Ela só viaja e quando 'ta em casa, sempre inventa alguma desculpa para não transarmos ou até para ver um filme! - arthur respirou fundo e se deitou no chão. - Ela é uma vadia. 
- Não diga isso. Tenho certeza que é só trabalho mesmo, e lembra do que eu te falei? Converse com ela, diga como se sente em relação a isso. 
- Não quero. Ela que se foda - ficamos em silêncio, o vendo segurar algumas lágrimas de tristeza e raiva, quando Rach apareceu e disse que sooph estava nos chamando no quarto dela para abrir os presentes. Levantei arthur do chão e o abraçei. 
- Vai ficar tudo bem, só esquece isso por essa noite e aproveite a festa, ok? - ele concordou com a cabeça e nos seguiu até o quarto. 

- Quem vai ser o primeiro a me dar meu presente? - sooph estava em pé na cama e nos olhando. - mica? 
- Não, o meu vai ser o último - ele piscou para sooph, que fez bico e me olhou. 
- Nem vem sophia, o meu você vai receber por último também. 
- Vão a merda vocês dois! Sério, me dêem meus presentes - sooph parecia uma garotinha mimada pulando na cama e com um bico. Revirei os olhos. - Então pára de pular nessa cama, sua maldita, que eu vou te dar o meu - chay balançou uma embalagem, e na mesma hora sooph se jogou na cama, quase caindo para fora dela. - Boa menina. Enfim, parabéns e espero que goste do seu presente - deu a embalagem à ela, que rasgou numa velocidade incrível e deu um berro ao ver que chay tinha dado um livro que ela queria há tempos. 
- Obrigada, suede, eu amei seu presente - o abraçou e depois ficou olhando para a capa do livro. 
- sooph? Não quer os outros, é? Porque ainda tem bastante... - Rach sorriu para a garota, que largou o livro e estendeu o braço para ela e perola , esperando o presente. 
- Espera que eu vou ter que pegar seu presente no carro, porque ele é um pouco grande - perola correu para fora do quarto e uns cinco minutos depois voltou com um embrulho gigante, e os olhos de sooph brilharam. - Esse é meu e da Rach, espero que goste - ela desceu da cama e foi abrir o embrulho olhando para dentro do papel e rindo, nos fazendo ficar com cara de bosta. 
- O que é tão engraçado? - mica perguntou, indo até ela. 
- Amor, você vai ficar bravo se eu te trocar pelo meu presente? É que esse mica borges aqui é mais bonito e fofinho - ela fechou o embrulho para mica não ver o que tinha. 
- Como é que é? perola , o que você deu a ela? 
- Nada demais, apenas uma versão sua melhorada - perola e Rach riram. 
- Ok, chega com isso e abre logo essa merda, quero saber o que tem aí dentro - comentei, fazendo arthur e chay concordarem comigo. 
- Credo, sua grossa, eu vou abrir - ao dizer isso ela puxou um macaco de pelúcia gigante. Quando eu digo gigante, é porque é realmente gigante. Então, reparei que na camiseta dele estava escrito 'My name is mica borges' e começei a rir. 
- Você vai me trocar por um macaco de pelúcia gigante? - mica estava de boca aberta. 
- Não é só um macaco, é o mica borges! - sooph começou a rir e a abraçar o macaco. - E de agora em diante, ele vai dormir na nossa cama com a gente. 
- perola , querido, eu te mato, seu viadinho - mica olhou para ele, o fuzilando. 
- Foi mal, mica - perola andou para trás com medo do mica, o homem, não o macaco. 
- Deixa de ser besta, mica, acha mesmo que vou te trocar por um macaco de pelúcia? Claro que não. Eu amo você - sooph disse, dando um selinho nele, que sorriu. - E além do mais, o macaco não tem essa mão grande que você tem. 
Todos nós rimos da cara de pervertida de sooph, e eu joguei uma almofada na cara dela. 
- Deixa para mais tarde isso e abre logo o presente do arthur. 
Ela foi até ele, que estava segurando um envelope e sorria idiotamente. 
- O que é isso? Seguro de vida? Cheque de um milhão de libras? - sooph chutava enquanto ela abria o envelope. 
- Algo bem melhor que isso - arthur sorriu enquanto a via tirando de dentro do envelope dois pedaços de papel, parecidos com ingressos. 
- Não! Me diz que eu 'to sonhando, arthur?! Não pode ser! - sooph abria e fechava a boca, não acreditando no que ela estava lendo no papel. 
- Parabéns, sooph, e faça bom uso disso! 
- Mas como você conseguiu? Estavam esgotados há meses! - peguei o papel da mão dela para ver o que era. Ingressos VIP para o show do Plain White T's. Arregalhei os olhos. Como ele conseguiu? 
- Tenho meus contatos, e como sei que é sua banda preferida... - arthur sorriu enquanto sooph pulava em cima dele, o enchendo de beijos. 
- Obrigada, obrigada, obrigada. Eu te amo, arthur. 
- Eu sei - ele disse convencido e a abraçou. 
- Agora, MEU presente! - rebolei e levantei um pacote rosa, dando para sooph. - Espero que goste e use muito, ok? - dei uma risada e pisquei para mica. 
- Obrigada amor, agora deixa eu abrir - ela se sentou na cama e abriu o pacote logo, retirando as coisas de dentro. - lua , o que seria isso? - ela disse apontando para as calcinhas que estavam espalhadas na cama. 
- Calcinhas comestíveis, ué. Nunca ouviu falar? - segurei o riso enquanto o quarto explodia em risadas. - Eu ia te dar uma só, mas sei como sua vida sexual é muito ativa, aí comprei várias. 
- luuh, aqui deve ter umas cinquenta! - sooph ficava corada a cada vez que pegava uma. 
- Garanto que você acaba com elas em um semana! Ainda mais depois que você ver o presente do mica - sentei ao lado de arthur e coloquei minha cabeça em seu ombro, o vendo pegar uma calcinha e colocar na cabeça. - Tira isso da cabeça, arthur. É da sooph, se quiser te compro uma depois - ele mandou dedo e jogou a calcinha na cara de sooph. 
- Ok, agora é sua vez mica. Me dê meu presente. 
- Tem certeza que quer agora? Eu não sei não... - ele coçou a nunca, olhando para ela. 
- Claro que tenho! Me dê logo! 
- Tudo bem, mas não bata em mim. Sério, não posso te dar depois? Quanto estivermos sozinhos? - mica parecia com vergonha. 
- mica, entrega logo o presente. Não fique com vergonha, afinal a gente já sabe o que é, nós te ajudamos a comprar, não? 
- É, tem razão - mica pegou a grande sacola e entregou na mão de sooph. - Não fique brava, amor, eu te amo e parabéns - ele se sentou do lado dela, enquanto a mesma abria o pacote, e nós começamos a rir com as caras e bocas de sooph. 
- Amor, você roubou uma sex shop? Porque vamos combinar... cinco algemas? Você realmente gosta de sofrer, né? - sooph gargalhou enquanto mica corava. - E pára de ficar vermelho! 
Ela continuou vendo o que tinha. Adorou quando viu a fantasia que mica tinha escolhido para ela, e teve um acesso de risos ao ver o pênis de borracha que eu o fiz comprar. A crise de risos dela só piorou quando arthur e eu contamos sobre mica achar que eles não eram em tamanho natural, e sim maiores. 
- 'Ta tudo muito bonito, eu amei os presentes de todo mundo, mas agora desçam e expulsem todos da minha casa, porque quero ficar sozinha com o mica. Tchau, tenham uma boa noite - sooph disse, nos empurrando para fora do quarto e batendo a porta na nossa cara. 
- Ela não vai nem esperar a gente ir embora antes de usar os presentes? Nossa amiga é uma tarada mesmo... - perola balançou a cabeça negativamente, e descemos as escadas, expulsando todos da casa. 
Depois de uns quarenta minutos, só estavamos nós cinco na casa. perola estava indo embora com Rach, e eu precisava de carona. 
- Alguém pode me levar para casa? Meu carro quebrou e duvido que a sophia vai me levar - sorri angelicalmente para os dois. 
- Desculpa, luuh, você sabe que tenho que correr para casa e terminar de arrumar minhas coisas e dormir. Meu vôo é cedo. arthur, você pode levá-la em casa? - chay se desculpou comigo e virou para arthur na última parte. 
- Claro. Vamos, então? - arthur girou as chaves e nós saimos da casa. 
- Tchau, chay. Tenha uma ótima viagem e me traga presentes - disse o abraçando, enquanto ele ria. 
- Pode deixar, senhorita. E se comporte, ok? Estou de olho em você. E por favor, se tem amor à vida, não provoque o arthur no carro, ou ele pode batê-lo. Ele ainda 'ta meio bêbado, e se você o provocar, vai acontecer um acidente - ri baixinho e concordei com a cabeça, me soltando de chay. - Só mais uma coisa. Eu te amo - sorri abertamente vendo-o sorrir junto. 
- Eu também te amo, chay. Boa noite - fui em direção ao carro e entrei, vendo arthur dar a partida. 

arthur’s P.O.V. 
O mundo ainda estava girando um pouco, mas bem menos do que umas horas atrás. Eu até tinha um plano para tacar meu carro em um poste, mas como tive que dar carona para lua , eu não iria matar minha amiga. Mas falando sério, eu tenho mesmo vontade de fazer isso. Minha vida virou um inferno. Minha namorada, noiva ou seja lá o quê... ela pensa que é minha, nem liga mais para mim e vive viajando a negócios. Viajando, sei. 
- Espero que nenhum policial pare a gente, seu nível de álcool não é dos mais baixos - ouvi a voz da luuh e a olhei. Ela sorria meigamente para mim, mas não aparentava estar bêbada nem nada. Só que pelo o que a vi bebendo, ela tinha que estar. 
- Se quiserem me prender, é um favor que me fazem - dei de ombros, ligando o rádio, mas àquela hora, nada de legal tocava. 
- Credo, arthur, não esquece que você tem uma passageira no carro, se resolver se matar, me avisa que eu pulo. 
- Não vou me matar não, nem se preocupe - eu tentava inutilmente encontrar uma estação de rádio decente e prestar atenção na rua ao mesmo tempo. Tudo bem que àquela hora não tinha muito movimento, mas nem por isso eu podia largar o volante e pronto. lua empurrou minha mão, tomando o controle do rádio. Ela parou em uma estação onde tocava uma música do Black Eyed Peas, mas eu não lembrava o nome. 
- I GOTTA FEELING UUUH UUUH, THAT TONIGHT'S GONNA BE A GOOD NIGHT - ela começou a gritar a música, daquele jeito desafinado dela, e eu achei engraçado. 
- THAT TONIGHT'S GONNA BE A GOOD GOOD NIGHT - entrei na onda dela, cantando a música alto também. E eu, do mesmo jeito que ela, era desafinado. A música continuou, mas nós começamos a errar toda a letra e desistimos de cantar. 
- Minha garganta está doendo - ela disse tossindo e rindo. 
- Acho que fiquei mais bêbado só de cantar - virei a esquina e entrei na rua do prédio da luuh. Logo estava parado em frente ao prédio. 
- Preguiça de subir - ela esticou as pernas em cima do painel do carro, deixando-as totalmente à mostra. Engoli seco, tentando ignorar aquela imagem. - Você devia me carregar até lá. 
- Do jeito que estou sóbrio, cairei com você antes de chegar no portão - desviei meu olhar das pernas para o seu rosto. Peguei o celular do meu bolso e liguei pela enésima vez para rayanna , mas a filha da puta não atendia de jeito nenhum. A minha vontade era pegar um avião, ir até onde ela estava, e mandá-la se fuder. E bem fudido ainda. 
Senti lua se aproximar e suas mãos tocarem minha coxa. Um arrepio passou por minhas costas até meu membro. 
'Sua chamada está sendo encaminhada...' Joguei meu celular longe. lua continuou passando a mão pela minha coxa, e começou a se aproximar de mim, a ficar muito perto... 
/ arthur’s P.O.V. 

- lua , por favor - arthur bufou lentamente e eu me afastei dele. Ok, se era isso que ele queria... 
- Eu desisto de você, arthur - bufei igual a ele e abri a porta do carro violentamente, a fechando na mesma intensidade. Não esperei para ver sua expressão, não esperei para ver se ele tinha dado aleluia ou se tinha ficado com cara de tacho. Eu queria mais era que arthur aguiar se danasse, e que a rayanna fosse junto. É tudo culpa dela. 
Caminhei lentamente até a entrada do meu prédio, dei boa noite para o porteiro, e segui até o elevador. 
Fiquei uns cinco minutos esperando que o elevador chegasse. Uma música, que eu nem lembrava o nome, veio até minha cabeça e comecei a cantarolar, até que as portas se abriram e vi minha vizinha chata saindo de lá. Tinha que ser. 
- Boa noite, lua - ela disse com a voz fina que tinha e saiu rebolando. Ela era a cópia perfeita da rayanna , parecia até perseguição. Entrei no elevador e apertei o aquele botão sete, tão usado, que já até enjoei de apertar. Eu não estava com cabeça para nada. O elevador deu um tranco e sua porta começou a fechar, mas o barulho de algo batendo foi ensurdecedor. Senti mãos agarrarem minha cintura e me pressionarem contra a parede, lábios tocaram os meus. Tenho que admitir que fiquei muito assustada, eu mal acreditei que a figura materializada na minha frente era arthur, e ele estava me beijando! O beijo era bem... quente. O elevador deu outro tranco e começou a subir. O que arthur estava fazendo? 
Suas mãos percorriam livres em minhas costas e eu bagunçava seus cabelos, sentindo-o morder meus lábios. Seja lá o que ele realmente pretendia com isso, eu apenas dançava conforme a música. Ele me prensou mais contra a parede, fazendo com que nossos corpos se colassem mais, enquanto ele apertava minha cintura. Confesso que ele não me dava espaço para fazer muita coisa. E sim, ele tinha 'A' pegada. 
Comecei a arranhar sua nuca, sentindo-o cada vez mais apertar meu corpo contra o dele, parecia que ele ia entrar dentro de mim, não literalmente. Ainda, eu acho. 
O elevador deu um leve tranco novamente, indicando que ele tinha parado no meu andar. Pelo menos eu esperava. Se algum morador do prédio me visse naquelas circunstâncias... É. arthur foi parando lentamente o beijo e quando sua língua saiu de dentro da minha boca, resmunguei. Qual é? 'Tava bom. 
- Vai desistir mesmo de mim? - ele estava a centímetros de mim, com a boca totalmente vermelha e o cabelo bagunçado. Ele me olhava de uma forma sedutora e mordeu os lábios. Só se eu fosse doida para desistir assim, foram anos de espera, anos para ter aquilo, ANOS! Não respondi nada, apenas sorri. Falam que um sorriso vale mais do que mil palavras, pois bem. Sorri e colei nossas bocas de novo. Comecei a empurrá-lo para fora do elevador, em direção ao meu apartamento. 
Paramos em frente ao 769, meu apartamento é bem sugestivo, não? Eu estava tão atordoada que não achava a chave de jeito nenhum. arthur também não facilitava e ficava dando beijos no meu pescoço. Bufei, ainda procurando a chave. Já estava a ponto de explodir e desistir dela, pegando a reserva no esconderijo. 
Finalmente consegui abrir a maldita porta, arthur olhou para o número e para mim, dando um sorriso safado. Ele nunca reparou no número do meu apartamento? 
arthur praticamente tacou a porta contra o batente, fazendo um barulho alto. O olhei assustada, mas ele nem percebeu, e pela segunda vez em dez minutos, ele me prensou contra a parede, selando nossos lábios. Ele tinha pressa. Eu não. 
Eu estava de vestido, o que facilitavam muito as coisas, eu sei. arthur colocou a mão debaixo do meu vestido, apertando minha coxa. Alternei em puxar seu cabelo e abrir sua camisa. Acho que a segunda opção era a melhor. 
Comecei a desabotoar sua camisa e senti suas mãos em minha bunda. Terminei de desabotoar, tirando-a rapidamente, deixando a mesma no chão. arthur posicionou um das suas mãos na barra da minha calcinha - e nós não paramos de nos beijar nem uma vez - e começou a tirá-la com pressa. Comecei ajudá-lo a tirar minha amiga com a perna, fazendo com que ela ficasse no chão, junto com a camisa dele. Seus dedos começaram a procurar o lugar certo embaixo do meu vestido, e ele me penetrou com o dedo. Gemi com aquilo, voltando a puxar seus cabelos com mais força. 
Desgrudei-me da parede, tentando fazer com que nós fossemos até a cama. Ele percebeu o que eu queria e tirou seus dedos de mim, voltando a apertar minha cintura. Eu não estava conseguindo respirar, fato. 
Começamos a caminhar em direção ao meu quarto, em minha aconchegante cama. arthur me deitou delicadamente nela, parando um pouco de me beijar. Ele estava ofegante, e eu não estava diferente. Me olhou com a cara mais pervertida do mundo e eu gargalhei. Ele se posicionou em cima de mim e comecei a tirar sua calça, fazendo isso extremamente rápido. Tirei meu vestido enquanto ele terminava de tirar a calça. 
- Por isso que eu gosto de mulheres que usam vestidos, bem mais prático - jogou a calça longe e voltou a se posicionar em cima de mim, me beijando novamente. Antes que ele tentasse - imagino que já tivesse prática, enfim - tirei meu sutiã, jogando-o longe. Eu não tinha que esperar ninguém tirar minha roupa, eu sabia fazer aquilo muito bem sozinha. Arranhei suas costas sem dó, o ouvindo gemer de dor contra a minha boca. Sorri. Ele parou o beijo e eu resmunguei. 
arthur desceu os beijos para o meu pescoço, dando longos chupões. Aquilo ficaria marca. Senti sua língua passar pelo meu seio direito e depois o esquerdo. Tortura. Eu já nem sabia o que fazer com as mãos, arthur tomara controle de tudo! Ele percorreu o caminho até chegar à minha vagina. 
Ele passava a língua de leve, me fazendo gemer, não muito alto. Depositei minha mão em seus cabelos, puxando, ou melhor, ajudando-o com os movimentos. Sua língua passava freneticamente em mim, aumentando o ritmo dos meus gemidos. Suas mãos se encontravam na parte de dentro da minha coxa, apertando, fui aumentei a força com que eu puxava seus cabelos. Era bom demais. arthur começou a diminuir o ritmo e eu suspirei em reprovação. Ele trilhou novamente o caminho anterior, chegando à minha boca. Eu não precisava falar que estava totalmente excitada e ele também (podia ver pelo volume da sua cueca que AINDA estava ali, cobrindo aquele troféu tão almejado por mim). Quando ele ia me beijar, resolvi que também o torturaria. O empurrei, fazendo com que ele se deitasse, e eu ficasse por cima. Ele arqueou a sobrancelha e eu nem liguei muito. Passei a língua pelo seu peito - igual ele fez comigo - e comecei a descer em direção à sua boxer. Massageei a ereção, ainda por cima da cueca, enquanto encarava aqueles olhos pervertidos. Posicionei minha mão na barra da cueca e comecei a descê-la mais, já podendo ver a 'cabecinha' do membro. Mordi os lábios ao tirá-la por completo, e vendo o aguiarzinho ali, apontado para mim. O peguei com cuidado, como se fosse um troféu. Por um segundo achei que fosse olhar para cima e ver o chay ali, sorrido para mim. Mas não, era o arthur mesmo. 
Comecei a masturbá-lo lentamente, vendo arthur gemer baixinho. 
Tortura é bom, né? 
Ele entrelaçou suas mãos em meus cabelos, já anunciando o que queria. Levei minha boca até seu membro, passando a língua por toda a circunferência da cabeça. Desci a língua por toda a extensão do pênis, bem devagar, enquanto ele tentava aumentar meus movimentos. Comecei a sugá-lo, sentindo suas pernas contraírem cada vez que eu colocava mais força em meus movimentos. 
- luuh... - arthur sussurrou, me puxando para cima. Pensei que eu fosse ficar no controle, mas ele usou sua força para me jogar na cama e se posicionar em cima de mim. Sua ereção bateu na minha intimidade e eu quase esqueci da camisinha. Senti arthur começar a beijar meu pescoço, e entre os beijos, perguntou onde encontraria uma. Apontei para a escrivaninha, e ele rapidamente a pegou. Ele colocou e nem deu tempo para que eu respirasse e me penetrou de uma vez só. Ofeguei, pois não esperava algo tão rápido assim. 
arthur se movimentava bem devagar em cima de mim, cravei minha unha em seus ombros, enquanto ele aumentava os movimentos. Aos poucos, o ar começou a ser algo raro para mim, e meus gemidos tomaram conta do quarto. Bom, os dele também. arthur foi diminuindo os movimentos, fixando seus olhos nos meus. Ele não parava de me olhar e eu já estava sentindo minhas bochechas ferverem. Ele me beijou com fúria, aumentando de vez seus movimentos, me fazendo urrar de prazer em seu ouvido. Nossos gemidos altos entre bocas e repirações falhas tomaram conta do quarto. Cheguei ao ápice, sentindo aquele prazer gostoso tomar conta de mim, e pedi para ele ir mais rápido. Assim, logo ele deu o útimo urro de prazer, jogando o corpo em cima de mim. Nossas respirações foram se normalizando e levei minha mão em seu cabelo, sentindo-o todo úmido. 
arthur se jogou ao meu lado, me puxando pela cintura e me dando um beijo na bochecha. 
- Acho que eu preciso de um descanso! - ele disse rindo e eu levantei meu tronco, apoiando a cabeça em minha mão, o admirando. Eu finalmente tinha conseguido! E foi melhor do que eu esperava. - o que foi? - ele me olhou com a sobracelha arqueada, sorrindo sem graça. 
- Nada, eu... Só estava pensando - a minha vontade era dizer que eu estava feliz por finalmente ter conseguido, mas eu não teria coragem para tanto. 
- Vou ao banheiro e já venho deitar com você - ele piscou, levantando e indo até meu banheiro. Me deitei novamente na cama, refletindo. Eu tinha acabado de transar com arthur, um cara noivo, que amava sua companheira. Mas acho que eu não tinha que me preocupar com isso, afinal, o comprometido é ele e não eu. Se ele não se preocupou, eu não vou fazer isso, ainda mais sendo a rayanna . 
Um barulho estranho, uma música de rock tomou conta do quarto, fazendo meu corpo gelar de susto. arthur saiu correndo do banheiro e descobri que o tal barulho vinha do telefone celular dele. 
- Alô? - ele sentou eufórico na cama, devido à correria. Oi, amor - fechei os olhos não acreditando no que eu estava ouvindo. - A-agora? Quê? Não, não, tudo bem, é que você não me avisou antes - acompanhei arthur com o olhar, vendo-o equilibrar o celular com o ombro e colocar a cueca e a calça. Mas que porra é essa? - Eu 'to na casa o chay. Aham, eu já 'to indo. Mas por que você voltou hoje? Ah, surpresa é? Tudo bem, eu logo estou em casa. Não demoro, também te amo. Tchau - ele desligou o telefone indo até a sala e voltando com a camisa em mãos. - luuh, desculpa eu... 
- Vai ter que ir embora por que a rayanna chegou. Já sei, eu ouvi. 
- luuh... - ele sentou na cama, me olhando com a maior cara de dó. Revirei os olhos, eu não precisava de ninguém sentindo dó de mim. - Eu não posso fazer nada, eu tenho que ir, me desculpa - ele se aproximou, me dando um beijo na testa. arthur saiu do quarto e em pouco tempo ouvi a porta da sala bater. Gritei de raiva, jogando minha almofada sem lugar certo para acertar e acabei derrubando um enfeite qualquer, mas que não quebrou. 
A que era para ter sido uma das melhores noites, foi estragada pela mesma pessoa que vem me infernizando - mesmo sem querer - durante anos. 
Ouvi meu celular vibrar em algum canto do quarto e me arrastei até ele. 
'Nova mensagem de arthur' 
Mas... 
'Eu juro que vou te recompensar por isso. Boa noite.' 
Bom mesmo, arthur aguiar. 

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