quarta-feira, 11 de abril de 2012

Hot Adiction



Capitulo 11

- Bom dia! - eu disse toda animada vendo sophia abrir a porta da casa dela de pijama e com a cara toda amassada. 
- luuh - respondeu manhosa, coçando o olho. - Por que você está com roupas de ginástica, toda suada e... - ela olhou para algum lugar no canto da casa. - Às sete horas da manhã? 
- Acordei disposta e fui caminhar. mica está ai? - arqueei a sobrancelha, me lembrando que eu ainda estava do lado de fora de sua casa. 
- Não, ele foi receber algum carregamento na loja, saiu faz pouco tempo. Você não quer entrar não? 
- Carregamento no domingo? E ah, pensei que nunca fosse me convidar - sorri, a abraçando e recebendo uma cara de nojo. Menina fresca. 
- É função do chay fazer isso, mas ele não está aqui, então o mica foi. Mas então... O que devo a honra de ter você em minha casa essa hora? - sophia sentou no sofá, cruzando as pernas e esperando o que eu tinha para falar. Claro que ela sabia que eu tinha alguma coisa para falar, senão eu não estaria na casa dela àquela hora. Abri o sorriso no mesmo instante, eu estava louca para contar. 
- Ontem eu e o arthur finalmente... - acho que eu nem preciso terminar a frase. 
- NÃO! - ela arregalou os olhos e fez uma cara de quem não acredita. - Não, não, você está de brincadeira comigo. 
- Eu nunca ia brincar assim, é verdade! 
- Mas como? Por quê? Que horas? ME FALA - ficou mais perto de mim, chacolhando minha perna. 
- Não sei o porquê, acho que nem eu entendi direito por que! Minutos antes ele tinha falado para eu parar, e do nada ele tinha me agarrado dentro do elevador. 
- ELEVADOR? Uou! Mas luuh, ele tem a rayanna , e... 
- Não fala esse nome - revirei os olhos, me jogando no sofá dela e deitando em seu colo. - Bem na hora em que íamos ficar deitados, juntinho, ela ligou e ele saiu às pressas. 
- Que vaca! Mas conta tudo tudo, nos mínimos detalhes. Ok, não tudo exatamente. 
Tive que resumir tudo para ela. Tudo bem que não foi tanto tempo assim, mas foi ótimo. E sobre rayanna , eu não ia mais me preocupar. Eu não tinha por que, já que ele mesmo disse que vai me recompensar. 

chay me disse que a viagem dele passaria rápido, mas aquilo não era verdade. Aquelas três semanas demoraram tanto para passar, mas chay estava para chegar. Poderia ser em dois dias ou mais, e eu estava ansiosa para contar para ele as novidades. 
- lua , as fotos chegaram e a empresa deu uma semana para a escolha dos modelos, portanto, você vai poder analisar com calma - Amber andava para lá e para cá na minha sala com um palmtop, e me informando sobre o que eu tinha que fazer. Eu não estava prestando muita atenção, estava alienada naquela segunda-feira. Efeitos do sábado à noite... 
- Tudo bem, a hora que eu sair eu passo para pegar as fotos - olhei para o meu relógio, faltava uma hora para o meu horário acabar, e eu não tinha nada para fazer. Amber concordou e saiu. 
'I used to be love drunk. But know I'm hangover...' 
- Merda, onde 'ta meu celular? - ele tocava, tocava, mas eu não conseguia achar de onde vinha. O bom é que o toque de mensagem logo pararia de tocar. - Achei! 
'Nova mensagem de chay' 
'Oi, querida... Estou com saudades de você! Está sobrevivendo bem sem mim?' 
Peguei meu celular com um sorriso no rosto, virei minha cadeira de costas para a porta, para poder apoiar os pés em um negócio que nem eu sei o nome, e ficar confortável para conversar. 
'Acho que aprendi a sobreviver sem você. Tenho coisas para contar...' 
Muitas coisas. 
'Ah, lógico que estou com saudades!' 
'Nova mensagem de chay' 
'Hm, coisas? Bom saber que você está com saudades... Guarde para mais uns dois dias, daí nós juntamos a sua e a minha e transformamos em algo muito bom. O que acha?' 
Dois dias? 
'Poxa, chay, é muito tempo. Essas três semanas já estão virando um mês! E ah, amei sua proposta...' 
'Não vejo a hora de te dar um abraço... VEM LOGO!' 
- Também quero te dar um abraço - ouvi a voz do chay bem próxima de mim, e por uns segundos achei que vinha do celular. 
- .toUpperCase())! - levantei rapidamente da cadeira, o abraçando. 
- Hey, little luuh - me levantou no meio do abraço e rodou comigo. - Senti sua falta. - Eu também, chay, mas se você não parar de me girar eu vou querer acabar vomitando em você, e acho que não é isso que quer, é? - chay me soltou na hora e eu ri. - E então, como foi de viagem? 
- Foi ótima, eu queria ter passeado mais, só que um dia eu volto como turista e te levo, ok? Mas eu conheci a Torre Eiffel! É muito linda, e eu trouxe presentes, muitos presentes para você e... 
- chay, calma, respira! - sorri, pegando-o pelo braço e o levando até o sofá. 
- Tudo bem, estou um pouco afobado mesmo - ele parou e me olhou com a sobrancelha arqueada e um olhar malicioso - Então... Eu estou querendo matar a saudade - foi se aproximando e chegou bem perto do meu ouvido - que eu estou de você! - sussurrou. Senti chay mordiscar minha orelha, fazendo meu corpo inteiro pedir por ele. chay sempre foi um dos meu pontos fracos, e resistir a ele não estava na minha lista. Deixei sua boca procurar pela minha e o beijei com verocidade, sentindo sua língua brincar com a minha. chay me puxou pela cintura, fazendo com que eu sentasse em seu colo, já sentindo sua excitação. Ele me beijava com mais calma, entrelaçando os dedos em meu cabelo. Coloquei as mãos em baixo de sua blusa, sentindo-o contrair o abdômen e rir. chay tinha cócegas na barriga. Tirei sua camisa, jogando a mesma em qualquer lugar. 
- chay - sussurrei -, a porta. 
- Eu já tranquei - disse sem tirar a boca da minha. chay desabotou minha calça e eu fiz o mesmo com a dele, mas o barulho do telefone fixo do meu escritório fez com que eu parasse imediatamente de fazer o que estava fazendo. - Deixa tocar.. - falou manhoso, mas eu não dei muita atenção. Eu não iria atender, mas pelo menos ia deixar cair na caixa postal. Se fosse importante, deixariam uma mensagem. Eu acho. 
' luuh, por que você não atende o celular e o telefone?' A voz do mica ecoou pela sala, fazendo chay revirar os olhos. Mas, por que eu não ouvira meu celular tocar? 'Você deve estar ocupada, portanto, assim, eu digo, ASSIM que ouvir isso me liga porque a sophia não quer me contar sobre sua noite com o arthur, você vai ter que fazer isso, ouviu? mica riu 'Aposto que você está delirando até agora, mas eu tenho que ir, tchau.' Filho da mãe. 
- É.. - olhei para chay um pouco sem graça, e ele não tinha expressão nenhuma. 
- Isso é verdade? - concordei com a cabeça e a expressão dele mudou para raiva e alguma outra coisa não muito boa. - Por que não me contou antes?
- Porque eu não tive tempo, você chegou e... 
- Se eu soubesse, nem tinha começado! - remexeu-se embaixo de mim e eu entendi o aviso "sai de cima", vendo-o levantar. - Como o mica disse, você deve estar delirando ainda, não é? 
- chay, por que você 'ta falando isso? - o olhei sem entender. 
- Porque, finalmente, você teve sua grande noite e não duvido que comece a gritar pelo nome dele e não o meu mais! - chay não gritava, mas seu tom não era nem um pouco calmo. Seu rosto estava vermelho e ele estava muito bravo. - Acho que agora que você tem o seu queridinho, não vai mais precisar do capacho aqui - pegou a blusa com raiva, destrancou a porta e saiu sem me deixar falar nada. 
Uma onda de lágrima invadiu meus olhos, e eu não prendi o choro. Era só o que me faltava, o chay com ciúmes do arthur. Me virei no sofá e encontrei o maldito do celular espatifado no chão, o que deve ter acontecido a hora que eu fui abraçar o chay. 
Depois que ele saiu puto do meu escritório, não tive cabeça para mais nada e resolvi ir para casa mais cedo. Voltei a bateria do meu celular no lugar, e liguei para a casa da sooph, eu precisava dela. 
- Alô? - reconheci a voz de mica. 
- mica? É a luuh. A sooph está? 
- Oi, luuh, ela 'ta trabalhando. Aconteceu alguma coisa? - ele parecia preocupado, deve ter percebido a tristeza na minha voz. 
- Não, eu só queria falar com ela. Bom, na verdade aconteceu - limpei uma lágrima que escorreu pelo meu rosto. 
- Onde você 'ta? Eu vou te encontrar e aí você me conta o que houve. 
- Estou indo para casa, vai direto para lá. 
- Ok, estou indo já - Ouvi um barulho de algo caindo do outro lado da linha e ri baixinho. 
- Te vejo lá. 

Cheguei ao meu prédio e mica já estava lá. 
- E então, o que houve? - ele se sentou no sofá ao meu lado, enquanto eu respirava fundo e começava a contar tudo desde minha noite com arthur até a cena no escritório. - luuh, você não tem que chorar nem nada. O chay deve estar com ciúmes de amigo, você o conhece - mica revirou os olhos e riu. 
- Eu sei que eu sou uma chorona, mas o chay não tinha que falar daquele jeito comigo. Ele foi grosso - fiz bico, pegando a almofada e a abraçando. - mica, eu fico pensando se eu fiz certo em ter ficado com arthur. 
- Por quê? 
- Porque ele tem namorada! 
- rayanna não soma nada na minha vida, acho que na sua também não. Eu apenas aprendi a conviver com ela, eu não me importo muito com isso - deu um gole no whisky que bebia. - E aliás, quem está errado é o arthur, o que é comprometido é ele e não você - as coisas são tão fáceis para o mica. - Acho que você não devia ligar para ele nem nada, deixe-o vir, deixe-o correr atrás de você. 
- mica, você está me incentivando a ser amante, grande amigo - fingi estar surpresa e ele riu, me dando um tapa. 
- Eu sei que você gosta dessa idéia, não minta para mim - eu ri junto com mica. - Mas falando sério agora, você correu atrás dele durante anos, agora é a vez dele. Deixe-o louco a ponto de te querer todo dia e então, have fun - ergueu as mãos e fez uma dancinha estranha. - Pensa no que eu te falei, ok? Tenho que ir buscar a sooph no trabalho agora. 
- Obrigada por me ouvir, mica - dei um beijo em sua bochecha e o levei até a porta, logo me jgando de volta no sofá. Fiquei pensando sobre o que o mica tinha falado. Deixa arthur vir atrás de mim (se ele quiser), era a melhor coisa a fazer. Mas eu não podia sair com arthur e com chay, eu já estou me sentindo a maior puta da história! Mas é tão difícil para mim viver sem aqueles dois... 
Meu momento de reflexão acabou assim que a campainha tocou. 
Abri a porta e um ser estava parado, com o rosto tampado, com um buquê de flores. Arqueei a sobrancelha, o porteiro nunca deixaria alguém estranho entrar sem avisar. Baixei meu olhar para os pés da pessoa, um Adidas branco, com umas listras laterais, já um pouco gasto de tanto usar... 
- chay? - perguntei, mas eu tinha certeza que era. 
- Como você descobriu? - ele tirou as flores do rosto e revirou os olhos, me olhando. 
- Seu tênis, acho que ele já se acostumou bem com seu pé, não é? E eu também! - cruzei os braços. - Como entrou aqui? 
- Você esqueceu que eu sou uma das pessoas permitidas de entrar aqui? Você mesma fez aquela listinha para o porteiro... 
- Mas hoje eu não estou afim - virei-me de costas e fui até o sofá, me esparramando por lá. 
- luuh! - ele me seguiu e parou na minha frente. - Você está brava comigo? 
- O que você acha? - peguei um gibi qualquer na minha grande coleção e comecei a folhar. Ele sentou-se ao meu lado, bufando. Típico dele. 
- lua blanco, isso é inacreditável! - ele emburrou e eu senti uma vontade enorme de rir, mas logo veio a vontade de chorar. E eu o fiz. - O que eu disse? O que eu fiz agora? luuh! - joguei o gibi no chão e tampei meu rosto com a almofada. Maldita raiva. Maldita sensibilidade. 
- Você me maltratou, foi grosso comigo, foi injusto - eu dizia com a voz abafada por causa da almofada e embargada pelo choro. 
- Hey - ele me puxou pelo braço, me abraçado. - Me desculpa, eu não fiz por mal, eu... 
- Mas por que fez? - o olhei, tentando controlar as lágrimas que caíam, mas eu estava chorando muito. 
- Por-porque eu, eu não sei, eu estava estressado por causa da viagem longa, e descontei em você. Me desculpa, por favor - chay fechou os olhos e quando os abriu, vi que lágrimas se formavam neles também. 
- Eu não tenho culpa dos seus problemas, eu te entendo, mas o que você falou foi grosseiro demais, como se tivesse te feito muito mal eu ter tido uma noite com o arthur, sendo que você sempre tentou me ajudar com isso, sempre conversou sobre isso comigo, nunca foi um problema para você - abaixei os olhos, olhando para minha mão entrelaçada na dele. Eu nem tinha percebido. - Foi uma noite, chay, e ele foi correndo para rayanna , eu não sou nada para ele - respirei fundo e engoli o restante do choro. 
- Desculpa, desculpa... - sussurrou, fungando, e apoiou a cabeça em meu ombro. - Minha linda - ele voltou a me olhar e sorriu, dando um beijo na minha testa. - Vem - ele levantou -, você está morrendo de sono, vou cantar umas músicas de ninar para você dormir. 
- chay! - sorri sem graça, pegando na mão dele. - Não preciso de músicas de ninar, mas eu aceito se me fizer companhia no sono. 
- Então vamos fazer isso direito - chay passou o braço embaixo da minha perna e dos meus braços, me carregando até o quarto. Eu já estava de pijama, então era só dormir. chay me colocou na cama, deitou-se ao meu lado, me dando um beijo no pescoço. 

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