Hot Adiction

Capitulo 7



- Qual o endereço mesmo? - rayanna perguntou, aproximando seu corpo do de arthur, que tinha um papel nas mãos, enquanto esperava o sinal abrir. 
- St. Patricks, 15 - ergui meu olhar para uma placa que indicava esse mesmo nome e uma seta para a direita. 
- arthur, pode virar para a direita, tem uma placa indicando - apontei para a mesma e arthur seguiu meu dedo, vendo a placa. ray olhou para mim e sorriu. Retribui o sorriso. Eu estava irritada com outras coisas que a presença da ray na minha vida não parecia me irritar naquele dia. 
O sinal abriu e arthur virou à direita, como a placa havia indicado. 
Observei seu rosto pelo retrovisor, mas que me permitia ver apenas metade dele. arthur era um homem muito bonito. chay também era. Acho que eu nunca seria capaz de escolher um. 
- Amor, pára naquele posto para mim, quero comprar um chiclete - ray apontou para um posto de gasolina na esquina da grande avenida que tínhamos entrado. Olhei arthur pelo retrovisor e vi que ele revirou os olhos, disfarçadamente, quando a namorada pediu aquele favor. Ri silenciosamente. arthur não disse nada, apenas estacionou o carro no posto e esperou rayanna descer. 
- Irritado com alguma coisa? - perguntei, tentando de alguma forma impedir que meu cabelo me incomodasse com o calor. 
- Não - ele me olhou com a sobrancelha arqueada. 
- Você pareceu impaciente quando a ray pediu para parar aqui. - arthur me olhou, provavelmente se perguntando como eu havia percebido. 
- Chega uma hora que as coisas repetitivas começam a cansar, nada muda, minha vida é sempre a mesma - desviou o olhar de mim para o câmbio do carro, e parecia refletir um pouco sobre a vida, sei lá. 
- Não muda por que você não quer - dei de ombros, voltando a encostar as costas no banco. Ele me olhou de volta, em dúvida sobre o que eu tinha falado. 
- O que não quero? - arthur lançou um olhar desafiador para mim e eu sorri maliciosa. Olhei para fora do carro e vi ray saindo da loja de conveniência. Desencostei do banco, ficando próxima dele. Olhei bem sem seus olhos e soltei. 
- Você sabe o que não quer - pisquei, voltando ao banco. Segundos depois, a porta do passageiro se abriu. rayanna entrou com dois pacotinhos de chiclete de menta nas mãos. arthur deu partida e seguimos para o restaurante. Dei um risinho e peguei meu celular, que estava vibrando. 
"Oi, lua . Liguei atrás de você no seu escritório e sua secretária me passou esse número. Bom, eu estou na cidade que ela me informou que você estaria, e adoraria me encontrar contigo. Espero uma resposta. Beijos, Ricky". 
NÃO! O Ricky? Ele ainda lembra de mim? Nossa, esse tem uma memória ótima. Resolvi mandar uma mensagem de volta, pedindo para me encontrar no restaurante. Se arthur não me quer e chay 'ta muito ocupado com sua vadiazinha, por que não sair com o Ricky? 

- Mas que demora hein?! O casal resolveu fazer uma before party e inclui a luuh nessa? - perola zuou quando chegamos à mesa. Lancei um olhar mortal a ele e vi chay, mica e sophia gargalharem. 
- Muito engraçado, faria. 
- Foi só uma brincadeira, blanco. 
Sentei ao lado de sophia, e o casal sentou de frente para mim. Sério, meus amigos me amam tanto que deixam o aguiar de frente para mim. Senti algo vibrar em meu bolso e era outra mensagem de Ricky, dizendo que havia chegado. 
- Aonde vai? - sophia perguntou, quando arrastei a cadeira e me levantei, sendo que eu havia acabo de sentar. Todos na mesa me olhavam e com cara de quem fazia a mesma pergunta que ela. Apenas sorri e fui à procura do lugar onde Ricky havia falado que estava. 
Avistei um cara de jaqueta de couro marrom e uma calça jeans bem escura, sentado em um dos longos bancos do bar, tomando, o que parecia ser, uma dose de wisky. Claro que era ele, aquele cabelo castanho escuro e aqueles traços, mais velhos, porém os mesmos, nunca me enganaram. 

- Ora, ora, não é que Richard Stevens está aqui! - exclamei, vendo Ricky girar o corpo no banco e um par de olhos castanhos esverdeados me fitou. 
- Ora, ora, não é que lua blanco está parada à minha frente, e melhor do que já era! - ele levantou do banco, deixando o copo de lado e vindo em minha direção. Ricky me abraçou e começou a falar coisas parecidas com 'quanto tempo' 'que saudades'. Eu não o via desde que nos formamos na escola, já trocamos alguns emails, mensagens, mas não nos encontramos porque ele havia se mudado para a África do Sul. 
- chay, arthur, mica, perola e sophia estão aqui também - sorri, lembrando de quando nós andávamos juntos na escola. chay morria de ciúmes dele, porque muitas vezes chay queria marcar de sair, mas eu já tinha combinado com Ricky. Com o tempo, até arthur começou a ficar com ciúmes dele. Ricky sempre foi o galã das meninas da escola. Todas o queriam. 
- Sério? - ele sorriu abertamente. Concordei com a cabeça e o puxei em direção onde estavam todos sentados. 

- Pessoal, olha quem está aqui - disse, quando cheguei à mesa. mica logo o reconheceu e foi quase correndo em sua direção. mica fora o que sempre o tratou melhor. 
- Ricky? - sophia exclamou, me olhando com a sobrancelha arqueada e também indo cumprimentá-lo. 
- chay, respira, calma... - ouvir a voz da queria Louise e olhei em sua direção, vendo-a bater várias vezes nas costas de chay. 
Ele havia se afogado? 
Um pouco mais à frente, estava arthur tossindo igual a um condenado enquanto rayanna não sabia o que fazer. Comecei a rir do estado de calamidade dos dois, e as duas me olharam sem entender. 

- Acho que sim, porque... 
- Claro que não, chay, eu conheci muito bem a Lilian, se é que você me entende - o quê, afinal de contas, eu fiz de tão ruim para merecer essas coisas? Primeiro: eu chego em uma casa de verão maravilhosa e me deparo com uma qualquer agarrada na chay e me vejo tendo que dormir, ou no mesmo quarto que ele, ou no sofá. Segundo: sem chay, sem arthur, sem nenhum homem, sem sexo! E quando eu acho que tudo vai dar certo e eu encontro um velho amigo que morava na Africa do Sul, o cara é a maior mala egocêntrica do universo. 
E tudo isso por quê? Porque eu tenho amigos extremamente idiotas que fizeram pressão psicológica no chay, e o mesmo resolveu provar que não gostava de mim! Oras, precisava provar com uma mulher em pleno fim de semana onde TODOS tinham um acompanhante? 
- sophia, vamos ao banheiro comigo? - susurrei para ela, que assentiu com a cabeça. Caminhamos até o banheiro em silêncio, enquanto eu prestava atenção na decoração do local. 
- Respira antes de descontar sua raiva na porta - ela disse, quando paramos na porta onde tinha uma plaquinha toda enfeitada escrito 'Feminino'. Respirei fundo e a abri, agradecendo por não ter ninguém no banheiro. 
- O que eu fiz de errado? - virei os olhos, sentando em um banco de madeira que tinha ali, e fitando minha imagem no grande espelho. 
- Por que acha que fez algo errado? - sophia me olhou com a maior cara compreensiva, depositando a mão em meu joelho. 
- O meu fim de semana está uma merda, tudo por causa do seu namorado e a trupe que resolveram desafiar o chay, e agora porque o Ricky é o cara mais chato do planeta Terra. 
- Realmente, o ego dele está quase deixando o restaurante superlotado! - ela riu e eu a olhei, não achando nada engraçado. - Ok, em relação à Louise, eu não sei o que dizer, você e o chay não tem nada, ele pode sair com quem quiser! 
Eu sabia disso. 
- Mas ele ligou todo animado para mim, dizendo que nós tinhamos um fim de semana só nosso! Mas não, ele me aparece com uma idiota qualquer e eu tenho que ficar de vela quádrupla! 
- E o Ricky tem cara de quem troca preliminares para falar como ele é bom em tudo que faz... - ela completou. 
- Obrigada, ajudou muito - a olhei irônica, apoiando a cabeça nas mãos. 
- Você está de TPM. 
- Isso não tem nada a ver... 
- Você está e tem tudo a ver. Você está quase chorando, lua , e por nada! 
- Ok, eu estou. 
- Tudo bem. Então vamos até lá, vamos tirar nossos amigos dessa enrascada chamada Ricky, e você vai tirar essa ideia de que tudo está errado da cabeça. Nada está errado, é o mesmo chay de sempre, a Louise é só um fim de semana, e o Ricky está voltando para a África... quer coisa melhor do que isso? Não tem nada de errado aí! 
Ela levantou, pegando em minha mão e me puxando banheiro afora. 
Queria poder enxergar a vida toda colorida, igual a sophia fazia... Mas parecia tão difícil!