domingo, 6 de maio de 2012

Hot adiction



Capitulo 18

Ouvi uma música alta que começou a tocar e eu não consegui identificar de onde vinha. Parecia que estava embaixo de mim. Levantei bruscamente, ficando sentada na cama, mas minha cabeça começou a rodar e senti várias pontadas, fazendo com que eu me deitasse de novo. A música parou por alguns instantes, mas voltou logo em seguida. Será que eu tava ficando louca?
Comecei a rodar pela cama a procura da música e olhei embaixo da cama, encontrando um celular que tocava e girava, enquanto uma luz acendia conforma a música tocava. Peguei o mesmo, e na tela piscava um 'Sam'. Arqueei a sobrancelha, não reconhecendo nem o celular, e nem a tal Sam, mas resolvi atender.
- Alô? - falei e uma voz feminina falou do outro lado.
- Alô? É do telefone do chay? - a voz perguntou e eu estranhei. chay? Tirei o telefone da orelha e o olhei. É, parecia com o dele.
Mas por que o celular dele estava na minha casa?
O que eu fiz noite passada?
- Sim, é sim. - respondi, dando de ombros. Se não fosse o mesmo chay, que se dane.
- Você é o que dele? - a voz perguntou de novo. Que pessoa curiosa, credo.
- Irmã - disse a primeira coisa que veio a minha cabeça. -, e ele não está agora, foi até a padaria. - sorri, percebendo que funcionou.
- Tudo bem, você pode avisá-lo que a Samantha ligou para confirmar nossa baladinha hoje? - fiz um barulho estranho com a boca e concordei com a menina, apenas pra ela não ficar ligando e ligando. Samantha, é? Sei.
Criei coragem e levantei da cama, sentindo a cabeça uns 20 quilos mais pesada, e quase caindo por um canto qualquer do quarto. Seja lá o que eu fiz, devia ter bebido muito, porque não me lembrava de nada. E eu só queria lembrar como o celular do chay havia ido parar embaixo da minha cama.
Para falar a verdade, eu tinha uns flashes onde ele aparecia, mas não sei dizer se é real ou tudo imaginação da minha cabeça 20 quilos mais pesada. Sabe, acho que eu devia parar de beber. Não que eu beba todos os dias, mas às vezes eu exagero um pouquinho.
Tomei um banho rápido, me livrando de toda aquela sujeira, que não é uma sujeira em si, mas bem, me sinto suja quando bebo e acordo de ressaca no dia seguinte. Nada que um banho não renove. Enquanto me trocava, escolhendo uma roupa muito confortável, já que, obviamente, eu iria ficar em casa. Aposto que a minha carteira está vazia, não seria louca de sair de novo no sábado e gastar mais dinheiro - já que minha ressaca era das fodidas, devo ter fodido com meu dinheiro também, pra conseguir a ressaca, certo? - meu estômago roncou muito alto, mas muito alto mesmo, que eu até assustei. Resolvi por colocar um short de malha e uma das várias blusas que eu tinha de quando fui para a Disney. Presente dos pais de Carolina de aniversário para ela e eu de brinde, claro. Blusas muito boas aquelas, afinal, quantos anos eu já não havia ido para lá? Uns cinco talvez...
Ao colocar o short, percebi uma mancha roxa, quase gritando de tão berrante em minha perna. Meu Deus, o que eu fiz?
Forcei meu cérebro enfraquecido no momento, para ver se lembrava de algo, mas foi a pior coisa que fiz, já que meu pequeno esforço me rendeu uma leve tontura. Fui em direção à cozinha, para procurar algo que alimentasse meu estômago e o fizesse parar de pedir por socorro, mas no caminho, encontrei meu pote de vidro, onde eu guardava balinhas, todo espatifado no chão. A mesinha onde ele ficava estava meio torta e as coisas que ficavam em cima, um pouco fora do lugar. 
Acho que encontrei onde meti minha perna.
E realmente preciso parar de beber.
Fui até a cozinha, largando o celular do chay em qualquer canto por ali e fui até a geladeira. Meus olhos brilharam quando vi um pacote de batata em palitos no congelador. Peguei o mesmo, já sabendo o que ia comer e deixei que o óleo esquentasse pra que eu começasse a fritá-las, mas alguém resolveu me interromper. 
- Oi. - atendi o telefone que eu tinha na cozinha, mas lá nem tinha bina para eu saber quem era. - Oi? - perguntei de novo, percebendo que a pessoa do outro lado não falava nada.
- Oi, luuh. - ouvi a voz de arthur do outro lado. Ele parecia um pouco receoso. Bom, não tínhamos nos falado desde o dia em que nada aconteceu por alguns problemas técnicos. Confesso que na hora fiquei com raiva e nervosa, mas ah, fazer o quê, né? - 'Tá ocupada? Pode conversar? - olhei o pacote de batatas em cima da pia e o óleo já prontinho para recebê-las. 
- Não, pode falar. - sorri, equilibrando o telefone no ombro, rezando para não me queimar com o óleo.
- Como você está? Faz uns dias que não nos falamos. Fiquei sabendo que você, sophia e a ray foram fazer compras! - ele disse e pude perceber um risinho em seu tom de voz. Joguei um montinho de batatas no óleo com força e quando fui atingida no rosto por uma monte de respingo de óleo.
- Sim, saímos, foi muito legal! - Ironia, meu sobrenome. Claro que não tinha sido legal. Blá blá blá arthur blá blá blá foi tudo o que eu ouvi o dia todo e quase mandei a rayanna ficar quieta, e que eu já sabia todas as qualidades dele. Até demais! Tirando que ela ficava falando que o jantar era surpresa e que nós não tinhamos nem ideia do porquê. 
E eu nem queria saber.
Tudo bem, tenho que admitir que ela era legal, apesar desses momentos platônicos dela, e confesso me sentir mal quando saio com ela e a vejo toda feliz.
- E sobre não termos nos falado, é só marcar algo que botamos todo o papo em dia. - sugeri, ouvindo arthur pigarrear.
- Claro, faremos isso, vou ver um dia aqui com a ray e marcamos. - ele disse e eu não entendi nada. Ou ele era tonto e não entendeu o que eu quis dizer, ou ele estava testando novas experiências, se é que você me entende. Ele percebeu meu silêncio, e resolveu de explicar. - É que a rayanna não vai mais viajar. A irmã dela que vendia esse produtos resolveu abrir uma loja aqui e a chamou pra tomar conta, e bom, outra pessoa vai viajar com o grupo para as tendências, essas coisas esquisitas que eu nunca fiz questão de entender. 
- arthur, você tem uma loja e devia saber as tendência, por mais que não seja... Do que é mesmo a loja da irmã dela?
- Roupa íntima. Tá, eu sei que eu tenho uma loja, mas nunca me preocupei com isso. 
- Entendi. E bom, isso vai ser bom para vocês, né? Vão poder se ver bem mais! - fingi felicidade e tenho certeza que ele percebeu, e era pra perceber.
- luuh, não vou deixar de te ver, é só que.. - 'é só meu amigo não vai subir com muita frequência já que a minha namorada vai estar bem mais presente!' Juro que morri de vontade de dizer aquilo, mas me controlei.
- Não se preocupe com isso, arthur, está tudo certo.
- Eu sei que não está, mas você tem que entender que a culpa não é minha. - ele bufou e respirou fundo.
- Tudo bem, Dougie, eu entendo o seu lado e sério, não estou brava nem nada. Bom, agora preciso desligar antes que derrube a panela com óleo quente em cima de mim.
- Desculpe, você estava ocupada.
- Mas eu não estou totalmente ocupada, posso muito bem falar ao telefone e fritar batatas. - acho que calar a boca também, já que eu estava falando coisas contrárias. arthur começou a rir, mas logo parou, deixando a linha completamente silenciosa.
- luuh? - ele disse, depois de um tempinho e apenas murmurei algo, indicando que estava ali. - Eu realmente quero continuar te vendo, você me faz bem, não quero perder isso. Tchau. - houve um barulho de telefone sendo desligado e logo aquele barulhinho indicou isso mesmo.
Respirei fundo, depois de digerir as palavras dele. Não sabia se deveria sorrir ou tacar aquela panela na minha cabeça. Cada dia que passava eu ficava mais confusa e irritada.

Depois de comer minhas batatas com várias calorias, resolvi deitar e dormir, para que a dor passasse e eu não precisasse senti-la enquanto isso. Mas não consegui dormir por muito tempo, então tomei outro banho e voltei para a minha cama para ver qualquer filme que tivesse passando.
Mas quem disse que eu conseguia?
Um infeliz objeto tirava minha atenção toda hora que eu olhava para o lado, e ele estava lá, quietinho sob minha escrivaninha. E a mesma pergunta passava pela minha cabeça: como o celular do chay veio parar embaixo da minha cama?
Sim, o celular era dele mesmo. Resolvi fuçar um pouco nele e logo que ergui o flip do celular, tinha uma foto dele. E também tinha fotos minhas, da sooph, mica, arthur, ray, perola e umas pessoas desconhecidas.
Depois de discutir muito comigo (eu faço isso o tempo tudo), resolvi que eu devia ir até a casa dele para devolver o celular.
Mas era só pra devolver o celular, só para isso.
Troquei de roupa, certifiquei-me que o celular estava na bolsa e saí. 

Cheguei ao prédio dele, e pedi ao porteiro para que não me anunciasse. Ele protestou um pouco, mas cedeu, porque ele lembrou quem eu era. Quando vi a porta do apartamento dele ser aberta, senti minhas pernas bambearem, e tive se segurar no batente - discretamente - pra não cair.
Lá estava chay, perfeitamente lindo. Os cabelos bagunçados, mas ao mesmo tempo arrumado, uma daquelas malditas calças que ele usa, que realça a bunda dele, uma camiseta simples branca e uma jaqueta de couro.
Claro, sem contar o perfume delicioso.
E tudo aquilo pra... SAM!

chay's POV

Olhei pro relógio de novo, e já era quase dez da noite. Obviamente eu não ia ficar em casa, em pleno sábado, mas eu tinha perdido meu celular, e não tinha ninguém pra sair. Eu não estava muito a fim de sair sozinho, pra depois achar alguém. Coloquei um cd mp3 no rádio, me joguei no sofá e comecei a viajar na música que tocava, mas logo minha viagem foi interrompida pelo som da campainha.
Abri a porta, imaginando que era o porteiro, ou alguém do prédio, já que sou sempre avisado quando chega alguém.
Mas era lua quem estava parada ali. Ela me olhou de um jeito estranho e se apoiou no batente da porta. Não entendi muito bem a reação dela, mas fingi que nem reparei.
- Oi. - ela disse, dando um beijo na minha bochecha, e entrando. Sem pedir, claro. Não que eu não fosse convidá-la, mas foi sem pedir.
- Oi. - respondi, fechando a porta.
- Vim trazer uma coisa que você esqueceu em casa - ela me olhou sugestiva. Não era para ela saber que eu estive na casa dela. A vi remexer dentro da bolsa, e tirar um objeto prateado de dentro.
Ah, sim, meu celular.
- E eu quero saber como o seu celular foi parar embaixo da minha cama. - ela sorriu sem emoção. Aposto que ela imagina alguma coisa, mas eu ia tirar aquilo da cabeça dela.
- Não faço a mínima ideia! - fiz minha melhor cara de 'estou tentando lembrar também', mas ela apenas me lançou um olhar cortante.
- Está bom, já que você não quer falar, - ela deu de ombros. – aqui está seu celular. - ela o colocou em cima de uma mesinha próxima. Ela se aproximou de mim, fazendo com que seu perfume, muito bom por sinal, tomasse conta do ar e empreguinasse meu nariz - Só para avisar, uma tal de Samantha ligou.
- Quem?
- A Sam! - ela revirou os olhos, e eu ri por dentro. Eu não lembrava de Sam nenhuma. 
- Ah, a Sam! Vou sair com ela hoje. - sorri, nem fazendo ideia do que eu estava falando.
- É, fiquei sabendo mesmo. Conta para ela o que você fez ontem à noite. - ela começou a andar em direção a porta, mas a impedi, puxando-a pelo braço. Confesso que coloquei um pouco mais de força do que devia, mas foi sem querer.
- Ai, chay! - ela exclamou, mas eu ignorei.
- Do que você está falando?
- Seu celular não foi parar sozinho embaixo da minha cama, foi? - ela disse baixo, e sua respiração batia em meu pescoço, já que ela era mais baixa do que eu. Minha vontade era abraçá-la, beijá-la e dizer que eu não ia sair com Samantha nenhuma, que a noite passada eu passei com ela. Na verdade, eu não queria nem ter saído da casa dela.
- Ok, você não lembra, mas ontem, te encontrei num barzinho. Você já estava bem alta, claro. E eu tive que te levar embora. Mas foi  isso.
- Duvido! - ela exclamou. Senti sua mão tocar minha cintura, e meu corpo inteiro arrepiou. Apertei mais seu braço, e empurrei um pouco seu corpo, sentindo ela se chocar contra a parede. - Eu duvido, porque você nunca resiste, muito menos se eu estiver indefesa. - ela continou, apertando minha cintura. Sua mão adentrou minha camiseta, e ela começou a passar sua unha pela minha pele.
Aquilo era golpe baixo, bem baixo.
Respirei fundo, tentando me concentrar no que eu tinha começado.
- É, talvez você tenha razão. – a olhei bem no fundo dos olhos. Subi minha mão, por dentro de sua blusa, e parei em cima de um dos seios, por cima do sutiã. – Talvez eu não consiga resistir a você, principalmente indefesa. – sussurrei em seu ouvido, ainda fazendo movimento em seu seio, e senti seu corpo contrair e os pelos dela se eriçarem. – Talvez eu tenha vontade de te preencher por completo, como eu sei que eu faço. – desci a mão por sua barriga, sentindo-a contrair a mesma, e respirar fundo, fechando os olhos. Continuei descendo a mão, apenas sentindo a respiração pesada dela bater em meu rosto. Abri o botão e o zíper da calça que ela vestia, passando o dedo pela barra da calcinha. – Mas isso era em outra época. Agora eu fiz uma promessa, e eu estou completamente disposto a cumpri-la. – disse isso, ainda sussurrando e a larguei, vendo-a abrir os olhos e me olhar incrédula. Podia doer muito, mas eu tinha que aprender a me dar valor também.
Passei pela mesinha em que ela havia colocado o celular.
- Quando sair, coloca a chave no esconderijo para mim, por favor. – pisquei para ela.
E saí. Deixando-a sozinha.
De novo.

6 comentários:

  1. poe ela com o chay logooo por vaooor ...e posta mais hj eu to quase morrendo sem essa web!

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  2. coloca Lua e Chay juntos por favor

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  3. Lua tambem tinha que aprender a se dar valor com Arthur, posta mais

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  4. Eu quero a Lua e o Chay juntos no final

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  5. tem que por ela com o arthur eu quero a lua com o arthur

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